segunda-feira, 23 de maio de 2011

Conhecendo o seu cabelo

Como saber se os fios vão bem, se a estrutura está danificada ou não?

No "Bolsa de Mulher"

As aparências enganam. Muitas vezes você pode achar que seus cabelos estão saudáveis, mas na verdade eles estão pedindo socorro por dentro. Como saber se os fios vão bem, se a sua estrutura está danificada ou não? Nós ouvimos especialistas para desvendar os mistérios capilares que podem fazer toda a diferença. Aproveite as dicas!

Andrea Gomes, coordenadora do Centro Técnico do Walter's Coiffeurm, entende do assunto. Ela explica o beabá: cabelos lisos têm a forma cilíndrica e os crespos não possuem uma forma definida. Porém isso pouco importa quando o fio entra em contato com agentes agressores. "Os alisamentos à base hidróxidos e tioglicolatos, além da descoloração e do excesso de formol podem alterar seriamente a estrutura dos cabelos", sentencia.

De que é formado o fio?

A terapeuta capilar Marta Camelo, do Studio de Beleza Sonia Nesi, no Rio, esclarece que o cabelo é formado, basicamente, por uma proteína chamada alfa-queratina. "Em cada fio existem milhares de cadeias dessa proteína. Dentre os aminoácidos que compõem a proteína está a cisteína, cuja quantidade determina se o cabelo é liso ou cacheado. Quanto menos cisteína, mais liso é o cabelo. Ao contrário, mais cisteína gera o aspecto ondulado".

Para saber se os fios estão danificados, é preciso ficar atenta. Se eles apresentam quebra, falta de brilho, queda, pontas duplas ou, ainda, têm alto índice de ressecamento, embaraço e desbotamento da cor, é preciso pedir socorro a um especialista. Como a prevenção é sempre o melhor remédio, Andrea Gomes recomenda: "Importante fazer hidratações contínuas, usar produtos com filtro solar e utilizar bons cosméticos para coloração".

Tratamentos

As opções de tratamentos são quase infinitas. Marta sugere os que repõem queratinas e aminoácidos, eles ajudam a devolver a vida aos fios. "Deve-se ter uma disciplinada rotina de cuidados: lavar com bons xampus e condicionadores, cortar de três em três meses, usar um leave-in de qualidade e filtro solar quando se expuser ao sol", diz. Importante também tratar no salão e evitar expor as madeixas aos efeitos de secador e da piastra (chapinha).

Muitos cosméticos ajudam a tratar a fibra. Prefira os que contenham queratinas, vitaminas e minerais, que tenham na fórmula substâncias adjuvantes no tratamento do fio (inclusive as naturais, como óleo de Argan). E se você pensa que o comprimento não influencia está enganada. Ao passo que os curtos estão sempre se renovando, nos compridos os danos são mais visíveis, já que normalmente as pontas ficam mais agredidas.

Marta reforça que certos agentes, entretanto, prejudicam todos os tipos e comprimentos. O sol, por exemplo, é um vilão que não deixa ninguém de fora. "Agora, quanto maior o comprimento, maior a chance de o cabelo estar fraco e sem vida, precisando de corte e selamento das cutículas. Mas isso não é uma regra", pondera.

Escovas e pentes

Outro fator de extrema importância é o uso das escovas e pentes. A especialista do Studio de Beleza Sonia Nesi afirma que pentear sem paciência, arrancando os fios, sem antes condicioná-los corretamente, compromete e muito. "Elásticos grossos também causam danos. O ideal é pentear após o banho, com os fios ainda molhados, usando pentes de dentes largos. Fazer um coque ao dormir é outra dica valiosa".

Cuidado também com a alimentação. Para que os seus fios permaneçam saudáveis, beba bastante água e faça refeições com alimentos ricos em vitaminas (principalmente C e licopenos) e minerais, como frutas, verduras e legumes. Evite o uso excessivo do secador e da chapinha, eles podem danificar a estrutura. Se você não abre não desses equipamentos, utilize proteção térmica e leave-in, e não esqueça das hidratações. Agora, se após muitos tratamentos de reconstrução seus fios não obtiverem o mínimo de 30% de recuperação, ou se as pontas duplas estiverem excessivas, só tem uma solução: o corte.

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